Resenha | “Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu”, de Norman Geisler & Frank Turek

nfa[Finalmente] concluí a leitura deste que considero um clássico, apesar de ser relativamente novo (1ª edição de 2006): “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler e Frank Turek. [Até que enfim o carnaval serviu pra alguma coisa…]

Como cito brevemente na página “O que é Apologética?”, os autores expõem, em 398 páginas, as 12 proposições básicas da apologética cristã evidencial, em uma leitura bastante agradável e instigante. Há, ainda, três apêndices, que valem a leitura.

São 14 capítulos e mais uma conclusão, que bem poderia eu particionar em três grandes seções: (1) filosofia e a verdade – cap. 1 e 2, (2) argumentação científica – cap. 3 a 7 e (3) comprovação histórico-profética e muito+ do Cristianismo – cap. 8 a 14.

Usando desta minha classificação, a seção (1) aborda, sobretudo, da questão da verdade, em sua forma absoluta e objetiva, em contraponto à filosofia relativista de nossos dias, fruto direto do naturalismo filosófico de pensadores como Hume e Kant. A “tática do papa-léguas”, diria eu, poderia ser muito bem usada em 99% das universidades de hoje.

Na seção (2), são revelados os argumentos cosmológico, teleológico e moral, de forma a demonstrar que existe, sim, uma revelação natural de Deus (Criador) e sua Verdade (moralidade, certo e errado). Faço destaque aos capítulos 4 e 6, nos quais os autores expõem o princípio antrópico (cap. 4) e os cinco grandes problemas da teoria evolucionista (cap. 6).

Do capítulo 8 ao 14 (seção 3, na minha nomenclatura), é praticamente uma enciclopédia para assuntos diversos, desde a veracidade da Bíblia e seus manuscritos, as evidências proféticas e vida de Jesus, a divindade de Jesus, milagres e sobre outras religiões.

O capítulo 15 é uma conclusão deveras reflexiva, que de forma muito didática e evangelística relembra a trajetória do leitor, das conclusões básicas às avançadas.

Vale adiantar, sem spoilers, que a “Tampa da caixa” apresentada na introdução existe, e pode ser encontrada mediante estudo sincero e a aceitação das evidências aonde quer que elas levarem.

Obs: Faço apenas ressalvas a alguns pontos “fora da curva”, como equívocos acerca do Sábado e do inferno (juízo divino final). Com exceção destas e outras poucas divergências, o livro permanece insubstituível.

Jônatas Duarte Lima

Veja este vídeo promocional feito pelo próprio Frank Turek, via CrossExamined.org:

7 comentários Adicione o seu

  1. Bia disse:

    Olá, Jônatas!
    Bom, conheci o livro desta resenha há um tempinho por meio do seu post sobre livros para todos os cristãos. Dessa forma, ao finalizar a leitura da obra (coisa que acabou de acontecer) eu decidi voltar aqui para conferir a sua opinião e compartilhar a minha. Confesso que parte dessa minha iniciativa deveu-se à relação de amor e ódio que tive com o livro.
    “Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu” é um livro riquíssimo, mas mesmo eu sendo cristã o seu caráter provocativo me incomodou muito. Acredito que o público alvo da obra não foi algo pré-definido pelos autores. Tipo, eu não daria esse livro de presente a um amigo ateu, embora, por diversas vezes, os autores tenham se dirigido diretamente aos ateus. Por outro lado, também por diversas vezes, a obra me pareceu um treinamento para se debater com os não teístas. Ao longo da leitura me perguntei por que eles não optaram por apenas expor as razões que fundamentam a razão da fé em Deus. Além disso, devo confessar ainda que a falha deles em relação ao dia de guarda me fez lamentar muitíssimo.
    Enfim, os capítulos sobre a veracidade da Bíblia foram incríveis e o apêndice um me deixou com uma vontade imensa de que compartilhá-lo com o maior número possível de pessoas. Contudo, pretendo reler a obra no formato físico e estudá-lo ao máximo e só então resenhar no OL, pois no momento não sinto como se eu tivesse absorvido o suficiente da obra (na verdade encontrei dificuldades até para dar nota a ele no Skoob. Rs…).
    Por fim, parabéns pela resenha e por divulgar livros como este!
    Sucesso com o blog!
    Abraços.

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    1. jonatasdlima disse:

      Olá Bia,

      Bem-vinda de volta! rs
      Bom, fico feliz que aquela lista tenha te levado a ler o livro.
      Imagino que a proposta dos autores, como eles, se não me engano, dizem nos primeiros capítulos é a de “mostrar por que é necessário ter mais fé para ser ateu do que para ser cristão”. Posto isso, acho que esta proposta é bem evidenciada na forma que os autores “evoluem” com o passar das histórias contadas; isto é: no início, seus próprios conflitos internos de quando mais jovens está em questão, ao passo que mais para o final do livro muitas das experiências relatadas já são de pessoas que tiveram contato quando já estavam firmes quanto a que lado ficar.
      Ressalto esse aspecto por que, enquanto apologistas (defensores do cristianismo), acaba sendo algo natural eles apresentarem o quadro geral da coisa, porém com suas considerações específicas do “por que tomamos tal decisão”.
      Com relação às divergências teológicas (e.g., sábado), de fato é de se entristecer, porém, fato é que seu ministério tem sido uma grande benção e deixemos Deus trabalhar no restante (e no que estiver ao nosso alcance, estejamos preparados para eventualmente argumentar com eles).
      Assim que publicar sua resenha no OL, avisa!
      Abraço.

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  2. Gostei muito da resenha e do comentário.
    Realmente é preciso ter muito mais fé para ser ateu.

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