A matemática das abelhas

[Traduzi o texto abaixo do original “Bees Solve Math Problems Faster Than Computers”, publicado originalmente pelo Institute for Creation Research – ICR. Comentários ao final.]

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Abelhas resolvem problemas matemáticos mais rápido do que computadores
por Brian Thomas, M.S.

Abelhas podem resolver complexos problemas matemáticos que normalmente manteriam computadores ocupados por dias, de acordo com um recente relatório de pesquisadores do Reino Unido. [1]

Através de cuidadosa observação, cientistas da Universidade de Londres descobriram que as abelhas resolvem, rotineiramente, o “problema do caixeiro-viajante”, no qual o indivíduo deve determinar o caminho mais curto entre múltiplos destinos a fim de economizar energia. Porém, os cientistas não imaginam como as abelhas podem fazê-lo, uma vez que têm cérebros do tamanho de uma semente de capim.

“Abelhas aprendem a voar pela rota mais curta possível entre flores, mesmo se encontrarem as flores em uma ordem diferente,” de acordo com a Royal Holloway, comunicado de imprensa da Universidade de Londres.[1]  Pesquisadores observaram quando as abelhas encontraram “flores artificiais controladas por computador” aleatoriamente, e então calcularam a rota mais curta antes de voar entre as flores novamente.

Os programas de computador atuais que realizam estes tipos de cálculos operam totalizando os comprimentos de cada rota possível, e então as comparam para encontrar a [rota] mais curta.

Não há como cérebros tão pequenos, utilizando tão pouca energia, descobrirem a resposta certa tão rápido e consistentemente utilizando a mesma aproximação feita pelos computadores. Sendo assim, os pesquisadores especularam que as abelhas devem usar um algoritmo para atalhos desconhecido.

Tal algoritmo poderia ser um valoroso recurso na solução de problemas de tráfego em rodovias e redes de comunicações feitas pelos homens.

Ainda nos minúsculos cérebros das abelhas, existem outros algoritmos de percurso que permitem que as abelhas evitem aterrissagens suicidas.[2] A pesquisa também descobriu capacidades avançadas em outros insetos. Por exemplo, formigas possuem instintos de tráfego superiores aos sistemas desenvolvidos pelo homem.[3] E até mesmo mixomicetos podem construir vias de transporte mais eficientes do que as projetadas por engenheiros de ferrovias japoneses.[4] Todos estes algoritmos, se pudessem ser descobertos ou reinventados, teriam potencial de aplicação em projetos humanos.

Uma vez que humanos com supercomputadores não conseguem desenvolver estes inteligentes algoritmos, devem estes terem sido propositadamente programados nos insetos por um Programador Inteligente. A natureza por si só jamais poderia integrar estes programas. E mesmo se pudesse, aonde obteria o poder necessário para inseri-los nos exatos animais que necessitam deles?

Abelhas, como as formigas e tantas outras criaturas, claramente parecem ter sido inteligentemente projetadas. Além do mais, parece que seu Projetista é vastamente mais esperto que os humanos, os quais apresentam problemas em entender, quanto mais copiar, as habilidades dessas criaturas.

Referências

  1. Tiny brained bees solve a complex mathematical problem. Royal Holloway, University of London press release, October 25, 2010, reporting on researcher appearing in Lihoreau, M. L. Chittka, and N. E. Raine. 2010. Travel Optimization by Foraging Bumblebees through Readjustments of Traplines after Discovery of New Feeding Locations. The American Naturalist. 176.
  2. Thomas, B. Bee Landing Strategy May Lead to Better Aircraft. ICR News. Posted on icr.org January 12, 2010, accessed October 26, 2010.
  3. Thomas, B. Ant Algorithms Argue Against Evolutionary Origins. ICR News. Posted on icr.org February 17, 2009, accessed October 26, 2010.
  4. Thomas, B. Slime Networks Are Better Organized than Railway Systems. ICR News. Posted on icr.org January 29, 2010, accessed October 26, 2010.

Considerações do EF: Galileu Galilei, René Decartes e Isaac Newton foram alguns dos cientistas ilustres que tentaram entender a evidente ordem matemática da natureza física. Em seu “Discurso do Método”, de 1637, Decartes enunciou: “Por ser a criação do Universo perfeitíssima, e sendo trabalho do mais sábio Criador, absolutamente nada acontece sem que apareça uma relação de Máximo e Mínimo; consequentemente, não existe nenhuma dúvida de que todo efeito no universo possa ser explicado satisfatoriamente … com a ajuda do Método dos Máximos e Mínimos.”

A afirmação de Descartes, em 1637, foi sendo comprovada ao longo dos anos posteriores por célebres matemáticos, como Newton e Leibniz. Entretanto, foram necessários 150 anos para que Joseph Lagrange e Sophie Germaine publicassem seus livros que, literamente, decodificariam as formas da natureza.

Porém, o artigo do ICR sobre a descoberta da Universidade de Londres apresenta um problema muito interessante, sobretudo pelo fato de serem inerentes à inteligência natural das criaturas. O problema do caixeiro-viajante, que é “moleza” para a abelha mais preguiçosa, têm sido tema de estudo intenso desde 1920. Segundo o astrofísico Mario Livio em seu livro “Deus é matemático?”, este problema foi resolvido para 49 cidades nos EUA em 1954 e para 24.978 cidades na Suécia em 2004. A solução deste tipo de problema tem servido de solução para diversas indústrias, sobretudo logísticos.

Veja que há 95 anos os matemáticos, de todo o mundo, buscam soluções otimizadas utilizando do problema do caixeiro-viajante e, mesmo com supercomputadores, ainda estamos aquém da mais “simples” abelha. [Jônatas Duarte Lima]

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