Clifford Goldstein começa testemunhando:

“Nunca esquecerei a alegria que senti ao sair da escuridão do agnosticismo, ceticismo, e até mesmo do espiritismo, para a luz da mensagem dos três anjos.”

Sim. Clifford Goldstein foi mais um dos ateus (pelo menos ele afirma o termo agnosticismo) que decidiram aceitar as evidências aonde quer que elas levassem. Apesar de instigante, a história de vida de Goldstein não é o foco de “1844: uma explicação simples das principais profecias de Daniel” (uma vez que apenas as 2 primeiras páginas do livro dão pistas sobre sua conversão) mas sim, sobre seu primeiro grande desafio após sua conversão.

Uma vez convertido ao Adventismo, Goldstein encontrou, após algum tempo, sérias dúvidas doutrinárias que assolam, em determinado momento, todos nós (pelo menos os adventistas). As profecias de Daniel, apesar de serem largamente comentadas e perfeitamente explicadas por Ellen G. White, profetisa (clique) e co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, foram objeto de estudo profundo de Goldstein, que buscou descobrir, por si mesmo e sem auxiliares (livros e afins, nem mesmo as obras de Ellen White), confirmar a veracidade profética e histórica dos acontecimentos do livro de Daniel.

É bem verdade que a apologética histórica e profética andam juntas, e que, uma vez confirmadas, as profecias de Daniel são de grande valor apologético e, sobretudo, cosmovisionário (visão de mundo). A conclusão é simples: se as profecias bíblicas têm confirmação histórica, ponto final.

É neste estudo profundo, porém apresentado de maneira compassada, simples e sem deixar dúvidas, que Goldstein demonstra, enfim, a veracidade das profecias de Daniel, com comprovações históricas, exegéticas (estudo das palavras originais, em heb.) e hermêuticas (correspondência entre os textos bíblicos e suas interpretações). É inacreditável que tanta informação caiba em apenas 112 páginas!

O livro está dividido em apenas 11 capítulos, sendo os capítulos 1 e 2 uma [completa] introdução, os capítulos 3,4,5 e 6 o estudo completo das principais profecias (Daniel 2, 7, 8 e 9), os capítulos 7,8 e 9 contém respostas a objeções recorrentes, e os capítulos 10 e 11 completam a obra em uma conclusão, digamos, épica.

“1844” é um livro Obrigatório, com O maiúsculo. Além de ser uma prova de que as profecias de Daniel podem ser conhecidas, descobertas e entendidas mediante estudo exclusivo da Bíblia (e da história), demonstra que a Bíblia é uma arma fatal quando o assunto é a apologética profética.

Deixo, como dica, o que fiz até o momento: Já li “1844” três vezes; a primeira estudei o livro, inteiro, em conjunto à Bíblia (apesar de o autor mostrar todos os textos, isso é importante para memorizar o processo do estudo); na segunda, estudei o somente o livro e, na terceira, estudei todo ele novamente, porém dando ênfase às objeções (capítulos 7, 8 e 9).

O resultado automático de nossa parte é a submissão à autoridade da palavra de Deus, pelo menos no que tange ao assunto profecia (bom, por que não acreditar num livro que previu [prevê] o futuro?). Não tem como, mediante tantas provas (históricas), dispensar as profecias de Daniel. É um tesouro [apologético].

Jônatas Duarte Lima

Ficha Técnica
“1844: uma explicação simples das principais profecias de Daniel”
Autor: Clifford Goldstein
Editora: Casa Publicadora Brasileira
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