Criacionistas sempre gostam de citar as leis da termodinâmica para refutar a evolução, mas muitas vezes nem sabem o que estão dizendo e por que as leis da termodinâmica favorecem os pensamentos criacionistas.
A 2ª Lei da Termodinâmica
É uma das leis fundamentais da ciência. Essencialmente ela diz que num dado sistema, as coisas progridem da ordem para a desordem quer a nível informacional, quer ao nível organizacional.
Com o passar do tempo, os sistemas progridem da entropia mínima para a entropia máxima. Isto é uma descrição rústica, mas dá para entender.
Quando aplicado à biologia, isto é uma evidência devastadora para mitos evolucionistas, uma vez que a teoria diz exatamente o contrário daquilo que a ciência diz. A teoria diz que os sistemas de vida progrediram de sistemas com muito pouca ou nenhuma informação para sistemas mais complexos e bem mais organizados POR SI SÓ, sem intervenção inteligente. Nunca tal coisa foi empiricamente observada.
O que é um sistema isolado ?
Esta pergunta parte do princípio que a 2ª Lei só se aplica a sistemas fechados. Em sistemas abertos, a 2ª Lei é anulada porque há uma infusão de energia. O que esta pergunta nos leva a pensar é que o sol, de alguma forma, reverteu a 2ª Lei o que permitiu à evolução.
Há vários problemas com isto. Os mais óbvios são:
- O universo é um sistema fechado, segundo a teoria da evolução.
- A energia nua e crua não organiza nada. Para verificares isso, experimenta pôr a tua comida ao sol por algumas horas.
A energia só “organiza” alguma coisa quando nos sistemas onde essa energia é aplicada existem formas de reter e converter a energia. A clorofila, por exemplo, faz isso mesmo.
Portanto a noção de “sistemas abertos” e “sistemas fechados” não salvam a teoria da evolução.
A 2º Lei da Termodinâmica contra a Evolução
Ainda há evolucionistas que não concordam com o facto de que a teoria da evolução vai contra a 2ª lei da Termodinâmica. Mais do que isso, é afirmado por eles que só aqueles que não entendem a ciência podem dizer tais coisas.
Neste post vamos ver o que os cientistas, alguns evolucionistas, dizem em relação a isso.
“Embora seja verdade que a quantidade de matéria do universo está em contínua mudança, a mudança parece ser principalmente em uma dissolução direção-direção. O sol está lentamente a queimar, as estrelas estão morrendo em brasas, e em toda parte o coração do cosmos está se voltando para frio; ele está se dissolvendo em radiação, e energia e está sendo dissipado para o espaço vazio (…) O universo está progredindo, assim, em direção a um final para a “morte do calor”, ou, como é tecnicamente definida, uma condição de “entropia máxima ‘. E não há nenhuma maneira de evitar esse destino. Para que o princípio fatídico conhecida como a Segunda Lei da Termodinâmica, que permanece até hoje como o principal pilar da física clássica deixado intacto pela marcha da ciência, proclama que os processos fundamentais da natureza são irreversíveis. Natureza se move apenas de uma maneira.” [Lincoln Barnett, The Universe and Dr. Einstein (1957), pp. 102-103.]
A natureza se move em apenas uma direção.
“Não importa o quão cuidadosamente examinamos a energética dos sistemas vivos, não encontramos nenhuma evidência da derrota dos princípios termodinâmicos.” [Harold Blum, da Time Arrow and Evolution (1962), p. 119.]
O Sistemas de vida estão Sujeitos à 2ª Lei.
“… Não há violações conhecidas da segunda lei da termodinâmica …”. [Dr. John Ross, cientista de Harvard , Chemical and Engineering News, vol. 58, 7 de julho, 1980, p. 40]
Não Há violações em Relação à 2ª Lei.
“Outra forma de expressar a segunda lei, então, é: ‘O universo está constantemente se tornando mais desordenado’ Visto dessa maneira, podemos ver a segunda lei tudo sobre nós. Nós temos que trabalhar duro para arrumar um quarto, mas deixado a si mesmo, torna-se uma confusão outra vez muito rapidamente e muito facilmente. Mesmo que nunca sujarmos, torna-se poeira e mofo. Como é difícil manter casas, máquinas e nossos corpos, e em perfeito estado de funcionamento: como é fácil deixá-los se deteriorar. Na verdade, tudo o que temos a fazer é nada, e tudo se deteriora, entra em colapso, quebra, se desgasta, por si só -. E é isso que a segunda lei é.” [Isaac Asimov (ateu e evolucionista), Smithsonian Jornal Institute, de Junho de 1970, p. 6]
Nota-se que o evolucionista Isaac Asimov inclui os nossos próprios corpos debaixo da alçada da 2ª Lei.
Para além disto, a “2ª Lei generalizada” aplica-se à Teoria da Informação de tal modo que, deixado para si próprio através do tempo, a informação transmitida por um sistema de informação-comunicação tem tendência a ficar mais distorcida e menos completa do que quando começou (aumento de entropia, neste caso, entropia informacional).*
Os próprios evolucionistas dizem que a ordem que encontramos nos cristais de neve não justifica a extrapolação para os sistemas de vida:
O Prémio Nobel Ilya Prigogine diz:
“O ponto é que, em um sistema não-isolado [aberto] existe uma possibilidade de formação de estruturas ordenadas de baixa entropia a temperaturas suficientemente baixas. Este princípio de ordenação é responsável pelo aparecimento de estruturas ordenadas, tais como cristais, bem como para os fenômenos de transições de fase. Infelizmente, este princípio não pode explicar a formação de estruturas biológicas “. [EU. Prigogine, G. Nicolis e A. Babloyants, Physics Today 25 (11): 23 (1972)]
Como se ISSO NÃO fosse Suficiente, OS PRÓPRIOS evolucionistas dizem:
“A termodinâmica imediatamente esclarece a última questão, salientando que … sistemas biológicos estão abertos a trocar energia e matéria. A explicação, porém, não é completamente satisfatória, porque ainda deixa em aberto o problema de como ou por que o processo de encomenda surgiu (uma aparente diminuição da entropia), e um número de cientistas têm lutado com este problema. Bertalanffy (1968) chamou a relação entre a termodinâmica irreversível e seria um dos problemas não resolvidos mais fundamentais da biologia.” [C. J. Smith, Applied Biosystems 1: 259 (1975)]
A 2ª Lei ainda é um problema não resolvido, no que toca à teoria da evolução. Não é um problema inventado pelos criacionistas, mas pela própria ciência.
Conclusão:
- A natureza move-se numa direção.
- Não há exceções à 2ª Lei, tal como o cientista Dr. John Ross diz.
- Os sistemas de vida estão sujeitos à 2ª Lei.
- Com o passar do tempo, a entropia informacional num sistema de informação aumenta, não diminui (isto é, a informação torna-se menos organizada e menos completa).
- O exemplo dos cristais não é relevante quando o comparamos com as formas de vida, tal como diz o Prémio Nobel Ilya Prigogine.
- O problema da 2ª Lei ainda não foi resolvido (pelos darwinistas).
Portanto, a pergunta mantêm-se: como é que a informação dos sistemas biológicos foi ficando cada vez mais complexa, mais organizada, mais especificada, quando a tendência natural de sistemas naturais e não supervisionados é exatamente o contrário?
Para o cristão a degeneração tem uma explicação. Quando Adão resolveu seguir os seus próprios desejos, deixando de lado os Mandamentos do Senhor, Deus removeu parcialmente a Sua Mão protetora sobre o universo. O mundo em que vivemos vive debaixo da maldição do pecado (Gênesis 3:17, Romanos 5:12, Romanos 8:20) e como tal tudo “move-se numa só direção” (degeneração).
No entanto, a história não acaba aqui! Apesar de todas as coisas que o homem tem feito na Terra que Deus criou, apesar de todo o pecado, morte, violência, imoralidade, Deus não abandonou o ser humano. Deus prometeu que um dia Ele vai criar céus novos e Terra nova:
Isaías 65:17 – “Pois eis que Eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.”
Isaías 66:22 – “Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de Mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome.”
Neste novo universo não haverá choro, morte, dor ou degeneração:
Apocalipse 21:4 – “Ele [Deus] enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”
(via Onze de Gênesis)
Nota do EF: Há vasto material acerca das implicações filosóficas da segunda lei da termodinâmica (confira também este e este link, ambos em inglês). Mesmo antes de estudar as leis da termodinâmica na universidade, minha percepção caótica de sistemas “abandonados” atestava quanto à previsão bíblica do mesmo fato: a natureza, e com ela o homem, está fadada à degeneração. Quando, então, verificamos empiricamente, por exemplo, em sistemas de engenharia que a segunda lei é certa, quando estes são expostos às intempéries naturais, o resultado sempre é a desordem. De imediato, minhas conclusões acerca da teoria da evolução (TE), com base na lei da entropia, foram de que a TE contradiz a mais clássica e certa das leis físicas, seja a nível energético ou informacional. Quando, então, descobri a obra do Dr. John Sanford, “Genetic Entropy and The Mistery of the Genome” e, digamos, as implicações da 2ª Lei a nível genético, o principal argumento tautológico da TE (seleção natural) e o outro matematicamente controverso (mutações benéficas em larga escala) tornaram-se [ainda mais] incompetentes em tentar solucionar as dúvidas que o próprio Darwin (honesto) teve. Como Dr. Sanford categoricamente afirma: “The very consistent nature of mutations to erode information helps us see that the genome must deteriorate. The high rate of human mutation indicates that man must be degenerating. The prohibitive cost of selecting for large numbers of mutations simultaneously indicates that man must be degenerating. The problems of near-neutral mutations, selection threshold, and selection interference, all indicate that man must be degenerating. Even realistic modeling and numerical simulation show that we are degenerating. For decades biologists have argued on a philosophical level that the very special qualities of natural selection can essentially reverse the biological effects of the second law of thermodynamics. In this way, it has been argued, the degenerative effects of entropy in living systems can be negated – making life itself potentially immortal. However all of the analyses of this book contradict that philosophical assumption. Mutational entropy appears to be so strong within large genomes that selection can not reverse it. This makes eventual extinction of such genomes inevitable. I have termed this fundamental problem Genetic Entropy. Genetic Entropy is not a starting axiomatic position — rather it is a logical conclusion derived from careful analysis of how selection really operates” (Genetic Entropy and The Mistery of the Genome, p. 143, 144). [JDL]
1 comentário Adicione o seu